Cirurgia Metabólica e Bariátrica em Brasília
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
A primeira recomendação para o tratamento da obesidade e do diabetes é a adoção de hábitos saudáveis, como dieta leve e exercícios físicos regulares.
São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. De fato, a obesidade se associa com grande frequência a condições tais como dislipidemia, diabetes, hipertensão e hipertrofia ventricular esquerda, conhecidos fatores de risco coronariano.
A obesidade predispõe a outras condições mórbidas tais como colelitíase, esteatose hepática, osteoartrite, osteoartrose, apneia obstrutiva do sono, alterações da ventilação pulmonar, alterações dos ciclos menstruais e redução da fertilidade, condições estas que experimentam melhora com a redução de peso.
Além disso, aumentos na frequência de câncer de cólon, reto e próstata tem sido observados em homens obesos enquanto a obesidade em mulheres se associa à maior frequência de câncer de vesícula, endométrio e mamas.
Indicações
A cirurgia bariátrica está indicada para pessoas obesas (com IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades e IMC acima de 35kg/m2 que apresentam alguma doença associada ao sobrepeso, onde está incluído o diabetes) que não conseguiram emagrecer com tratamento clínico.
A cirurgia bariátrica se destaca como o método mais eficiente no combate ao diabete tipo 2 em pacientes com obesidade. Em mais da metade dos casos, os pacientes param completamente de usar medicamentos para controle da glicose e os demais tem redução importante na quantidade de drogas necessárias. Além disso, também há diminuição do uso de medicamentos para controle de colesterol e pressão arterial.
Quem pode fazer?
Tenho recebido várias perguntas sobre quem pode se submeter à Bariátrica.
Aqui coloco as explicações:
Quem pode fazer a Cirurgia Bariátrica?
Olha aí as indicações
– IMC > 30 e diabetes
– IMC > 35 e comorbidades como hipertensão, hipercolesterolemia, resistência à insulina, esteatose hepática, apneia do sono, entre outras.
– IMC > 40
Assistam esse vídeo explicativo sobre indicações e contraindicações.
Idade Recomendada
Abaixo de 16 anos: exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por 2 cirurgiões bariátricos titulares da SBCBM e pela equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.
Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.
Técnicas
Gastroplastia ou Bypass Gástrico:
Bypass ou Gastroplastia redutora com reconstrução em Y-de-Roux (fala “RU”) é o nome da técnica mais clássica dentre as bariátricas.
Gastro é estômago em mediquês e plastia é plástica, mesmo. Ou seja, a gente remodela seu estômago. Os nomes “Bypass” e “reconstrução em Y-de-Roux” se referem ao desvio de 1 metro da porção inicial do intestino.
No Bypass Gástrico o estomago é cortado para que fique em média com 5cm
a 6cm de altura por 2cm de largura e com a capacidade por volta de 50ml. E como eu falei antes, é feito o desvio de 1m, aproximadamente de intestino.
Os cirurgiões que desenvolveram essa técnica (Dr Fobi e Dr Capela – vocês também podem ouvir esses nomes ao se referir à essa operação) imaginaram que diminuindo o estômago o paciente comeria menos e desviando o intestino a comida ingerida seria menos absorvida.
E funcionou! As pessoas realmente emagrecem!
Mas os motivos estavam errados!
O que eles não imaginavam é que o efeito da cirurgia, na verdade, se deve a alteração da comunicação entre o sistema digestivo e o cérebro.
Se fosse só a diminuição da comida, as dietas restritivas também teriam o mesmo efeito e não é isso que a gente observa, na verdade.
Existem vários hormônios relacionados à fome, à sensação de plenitude e saciedade, ao prazer de comer e ao planejamento do gasto energético pelo cérebro que eram desconhecidos naquela época e só foram descobertos, em grande parte, graças aos estudos relacionados à bariátrica.
Essa comunicação está falha na obesidade. O cérebro não reconhece a mensagem do intestino para parar de comer. Não entende a mensagem do tecido adiposo para aumentar o metabolismo. A fome não passa nunca!
No Bypass a gente reestabelece uma comunicação eficiente.
A região do estomago produtora da grelina, o hormônio da fome, fica excluída, e por isso, não fica sendo estimulada. Diminui a fome.
O alimento chega mais rápido ao ponto final do intestino, onde grande parte desses hormônios (GLP-1 e 2, Peptídeo YY e Colecistoquininas) é liberado, e assim, logo no começo da refeição o cérebro receberá a informação de que está satisfeito.
Outro efeito interessante é o aumento do gasto energético da própria digestão, que aumenta o metabolismo basal, ajudando na perda de peso.
Existem ainda outros fatores importantes como alterações dos sais biliares e da microbiota (bactérias que vivem em harmonia e ajudam na digestão) intestinal que estão sendo estudados.
Disso tudo, o importante é entender que depois da bariátrica o seu organismo vai funcionar a favor da perda e da manutenção do peso. Exatamente o contrário do que acontece antes da cirurgia, em que seu corpo fica teimando em voltar ao peso anterior…
Gastrectomia vertical (Sleeve):
Nesse procedimento, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). É um procedimento relativamente novo, praticado desde o início dos anos 2000. Tem boa eficácia para perda de peso e para o controle das comorbidades.
Banda gástrica ajustável:
Um anel de silicone inflável e ajustável é instalado ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o órgão, tornando possível controlar o esvaziamento do estômago. Apesar de não promover mudanças na produção de hormônios como o bypass, essa técnica é bastante segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do peso inicial).
Duodenal Switch:
É a associação entre gastrectomia vertical e um grande desvio intestinal. O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos procedimentos no Brasil e leva à perda de 40% a 50% do peso inicial.
Pós-Operatório
5 DICAS PARA GARANTIR O SUCESSO DA SUA BARIÁTRICA
1.Comer proteínas, frutas e vegetais em quantidades moderadas como fonte primária de calorias;
2.Mastigar muito bem em todas as refeições;
3.Tomar vitaminas e minerais, conforme orientação médica, para evitar problemas nutricionais;
4.Caminhar ou fazer uma atividade inicialmente leve;
5.Ter um sistema de apoio: amigos, familiares ou grupos em redes sociais.
Leia tudo sobre o reganho de peso pós cirurgia bariátrica.
Contato
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